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Em um mundo onde a eficiência e a justiça social são temas constantes, duas notícias recentes chamaram a atenção: o professor Mahmood Mamdani, renomado intelectual ugandense, pegando o ônibus mais lento de Nova York, e o ex-governador Andrew Cuomo propondo a reconstrução da infame prisão de Rikers Island.
Enquanto Mamdani, um dos maiores pensadores contemporâneos sobre colonialismo e política africana, enfrenta o cotidiano do transporte público nova-iorquino, Cuomo, uma figura controversa da política americana, volta aos holofotes com uma proposta ambiciosa – e polêmica – para reformar um dos presídios mais problemáticos dos EUA.
Neste artigo, exploramos essas duas histórias, seus contextos e o que elas revelam sobre desigualdade, infraestrutura urbana e justiça penal.
Mahmood Mamdani é um acadêmico, antropólogo e cientista político ugandense, conhecido por seus trabalhos sobre colonialismo, identidade étnica e política africana. Atualmente, ele é diretor do Instituto de Estudos Africanos da Universidade Columbia, em Nova York.
Seus livros, como “Citizen and Subject: Contemporary Africa and the Legacy of Late Colonialism” (1996), são referências obrigatórias para quem estuda pós-colonialismo. Mamdani também é uma voz crítica em debates sobre racismo, imperialismo e direitos humanos.
Em uma entrevista recente, Mamdani mencionou que pega o ônibus M15-SBS (Select Bus Service), conhecido por ser um dos mais lentos da cidade. O M15-SBS conecta East Harlem a Lower Manhattan, passando por bairros como Spanish Harlem e Chinatown, mas enfrenta tráfego intenso, atrasos frequentes e superlotação.
A experiência de Mamdani reflete a desigualdade no acesso à mobilidade urbana:
Enquanto Mamdani, um intelectual de prestígio, enfrenta o mesmo sistema precário que milhões de nova-iorquinos, a cidade continua a priorizar carros particulares em detrimento do transporte coletivo.
“O ônibus não é só um meio de transporte, é um símbolo de como a cidade trata seus cidadãos mais vulneráveis.” – Mahmood Mamdani (adaptação de declarações)
Rikers Island é o maior complexo prisional de Nova York, localizado em uma ilha no East River, entre Queens e o Bronx. Inaugurada em 1932, a prisão é conhecida por:
Nos últimos anos, Rikers virou sinônimo de falência do sistema penal americano, com relatos de tortura, corrupção e negligência.
Em uma entrevista à PIX11, o ex-governador Andrew Cuomo (que deixou o cargo em 2021 após escândalos de assédio sexual) sugeriu fechar Rikers e reconstruí-la do zero, argumentando que:
✅ A estrutura atual é irrecuperável – Prédios antigos, sistema de esgoto falho, celas insalubres.
✅ Uma nova prisão poderia ser mais humana – Com melhores condições de saúde, educação e reabilitação.
✅ Reduziria a violência – Com um design moderno, seria possível separar detentos perigosos e evitar conflitos.
No entanto, a proposta de Cuomo foi recebida com ceticismo por ativistas e especialistas:
❌ “Reconstruir Rikers é só maquiagem” – Muitos acreditam que o problema não é a estrutura, mas o sistema penal racista e punitivo.
❌ Falta de alternativas reais – Em vez de gastar bilhões em uma nova prisão, por que não investir em justiça restaurativa, despenalização de drogas e programas sociais?
❌ Cuomo não tem credibilidade – Seu histórico de autoritarismo (como durante a pandemia) e os escândalos de assédio minam sua autoridade moral.
“Reconstruir Rikers sem mudar as políticas que enchem as prisões de negros e latinos é como colocar um curativo em um câncer.” – Ativista do movimento Close Rikers
Desde 2016, um movimento popular exige o fechamento definitivo de Rikers, propondo:
O prefeito Eric Adams já anunciou planos para fechar Rikers até 2027, mas muitos duvidam que isso aconteça sem uma reformulação radical do sistema judicial.
As trajetórias de Mamdani no ônibus lento e Cuomo com Rikers mostram dois lados da mesma moeda:
Enquanto intelectuais como Mamdani vivenciam o cotidiano da desigualdade, políticos como Cuomo propõem soluções superficiais que não atacam a raiz do problema.
O que pode ser feito?
Nova York, como muitas metrópoles, precisa escolher: continuar como uma cidade de contrastes brutais ou se tornar um lugar onde justiça e mobilidade sejam direitos, não privilégios.
(Como não posso inserir imagens diretamente, aqui estão sugestões de legendas e fontes para ilustrar o texto:)
Mahmood Mamdani em um evento acadêmico (Fonte: Columbia University)
Ônibus M15-SBS no trânsito de Nova York (Fonte: MTA/Flickr)
Vista aérea de Rikers Island (Fonte: Google Earth/AP)
Protesto do movimento “Close Rikers” (Fonte: The City/NYC)
Andrew Cuomo em coletiva de imprensa (Fonte: Office of the Governor of NY)
Gostou do artigo? Compartilhe nas redes sociais e deixe seu comentário: Você acha que Nova York deveria fechar Rikers ou reformá-la? E o transporte público, como melhorar?
Fontes: