Fintech não é banco e deve ter tributação diferenciada, afirma relator de projeto no Senado – folha.uol.com.br

Fintech não é banco e deve ter tributação diferenciada, afirma relator de projeto no Senado

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Introdução

O setor de fintechs no Brasil tem crescido de forma acelerada nos últimos anos, oferecendo soluções inovadoras em pagamentos, empréstimos, investimentos e gestão financeira. No entanto, um dos principais desafios enfrentados por essas empresas é a tributação, que muitas vezes as equipara aos bancos tradicionais, apesar de suas diferenças estruturais e de modelo de negócio.

Recentemente, o relator de um projeto no Senado defendeu que as fintechs não devem ser tratadas como bancos e, portanto, merecem uma tributação diferenciada. A proposta busca estimular a inovação financeira e evitar que as fintechs sejam sobrecarregadas com impostos que não condizem com sua operação.

Neste artigo, vamos explorar:
Por que fintechs não são bancos?
Quais as diferenças entre fintechs e instituições financeiras tradicionais?
Como a tributação atual afeta as fintechs?
O que diz o projeto em discussão no Senado?
Quais os possíveis impactos de uma tributação diferenciada?


1. Fintechs não são bancos: entenda as diferenças

Embora as fintechs e os bancos atuem no mesmo mercado financeiro, suas estruturas, riscos e modelos de negócio são fundamentalmente diferentes.

Aspecto Bancos Tradicionais Fintechs
Estrutura Grandes instituições com agências físicas, alta burocracia e custos operacionais elevados. Empresas digitais, com baixa estrutura física, operação enxuta e foco em tecnologia.
Regulação Sujeitas a normas rígidas do Banco Central (Bacen), como depósito compulsório e exigências de capital. Reguladas de forma mais flexível, muitas vezes sob o regime de Sociedade de Crédito Direto (SCD) ou Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).
Risco sistêmico Podem causar crises financeiras devido ao seu tamanho e interconexão com o sistema. Operam em escala menor e com menor impacto sistêmico.
Modelo de negócio Lucram com spread bancário (diferença entre juros de captação e empréstimo) e tarifas. Geram receita com tecnologia, automação e modelos de negócio inovadores (ex: cashback, open banking).
Acesso ao crédito Processos burocráticos e análise de crédito tradicional. Uso de big data, IA e scoring alternativo para aprovar créditos de forma mais ágil.

📌 Exemplo prático:

  • Um banco tradicional como Itaú ou Bradesco precisa manter reservas obrigatórias no Bacen e arcar com custos de agências.
  • Uma fintech como Nubank ou Mercado Pago opera 100% digitalmente, com custos reduzidos e sem a necessidade de depósito compulsório.

2. Como a tributação atual afeta as fintechs?

Atualmente, muitas fintechs são tributadas como instituições financeiras, o que significa que estão sujeitas a impostos como:

  • IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) – Incide sobre empréstimos, cartões de crédito e outras operações.
  • PIS/COFINS – Alíquotas que podem chegar a 9,25% sobre a receita bruta.
  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) – 15% a 20% sobre o lucro.
  • IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) – 15% + adicional de 10% sobre lucros acima de R$ 20 mil/mês.

Problemas da tributação atual para fintechs:

Carga tributária desproporcional – Muitas fintechs ainda estão em fase de crescimento e não têm a mesma capacidade de absorver impostos que os grandes bancos.
Desestímulo à inovação – Altos impostos podem inviabilizar modelos de negócio inovadores, especialmente para startups.
Concorrência desigual – Bancos tradicionais têm mais recursos para lidar com a tributação, enquanto fintechs ficam em desvantagem.

🔹 Dado importante:
Segundo a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), o Brasil tem mais de 1.300 fintechs, mas muitas enfrentam dificuldades para escalar devido à carga tributária.


3. O projeto no Senado: tributação diferenciada para fintechs

O relator de um projeto no Senado (ainda não identificado oficialmente na matéria da Folha) argumentou que as fintechs devem ter um regime tributário próprio, distinto do aplicado aos bancos. As principais propostas em discussão incluem:

🔹 Redução ou isenção de IOF para operações de fintechs

  • O IOF é um dos impostos que mais onera as fintechs, especialmente em operações de crédito.
  • A proposta sugere reduzir ou até eliminar esse imposto para estimular o acesso ao crédito via fintechs.

🔹 Alíquotas reduzidas de PIS/COFINS

  • Atualmente, fintechs pagam 9,25% de PIS/COFINS sobre a receita bruta.
  • A ideia é diminuir essa alíquota ou adotar um modelo de tributação sobre o lucro (como ocorre em outros setores).

🔹 Incentivos fiscais para fintechs de impacto social

  • Fintechs que atuam em inclusão financeira (ex: microcrédito, contas digitais para população de baixa renda) poderiam ter benefícios fiscais.

🔹 Regime especial para startups financeiras

  • Criação de um Simples Nacional para fintechs, com alíquotas progressivas conforme o faturamento.

📢 Declaração do relator (segundo a Folha):
“As fintechs não têm a mesma estrutura nem os mesmos riscos que os bancos. Precisamos de uma tributação que reflita essa realidade e incentive a inovação, sem sufocar as empresas.”


4. Quais os possíveis impactos de uma tributação diferenciada?

Se aprovada, a tributação diferenciada para fintechs pode gerar os seguintes efeitos:

✅ Impactos positivos:

Mais competição no setor financeiro – Fintechs poderão oferecer serviços mais baratos, forçando bancos a reduzir tarifas.
Aumento do acesso ao crédito – Com menos impostos, fintechs podem reduzir juros e aprovar mais empréstimos.
Estímulo à inovação – Menos burocracia tributária atrairá mais investimentos em fintechs brasileiras.
Geração de empregos – O setor de fintechs é um dos que mais contrata profissionais de tecnologia.

❌ Possíveis riscos:

Perda de arrecadação para o governo – Se as alíquotas forem muito reduzidas, pode haver impacto nas receitas públicas.
Desigualdade regulatória – Bancos podem argumentar que a diferenciação cria concorrência desleal.
Risco de fraudes – Um regime tributário muito flexível poderia ser explorado por empresas inescrupulosas.


5. Comparação internacional: como outros países tributam fintechs?

Para entender se a proposta brasileira faz sentido, vale olhar como outros países tratam a tributação de fintechs:

País Tratamento Tributário para Fintechs
Estados Unidos Fintechs são tributadas como empresas de tecnologia, com alíquotas menores que bancos. Algumas têm isenções estaduais.
Reino Unido Regime especial para fintechs, com incentivos fiscais para startups inovadoras.
Singapura Isenção de impostos para fintechs nos primeiros anos de operação.
México Tributação similar à de instituições financeiras, mas com programas de apoio a fintechs.
Alemanha Fintechs pagam impostos como empresas de serviços financeiros, mas com benefícios para PMEs.

🔹 Conclusão:
O Brasil está atrasado em relação a países que já adotaram regimes tributários mais favoráveis às fintechs. A proposta do Senado pode ser um passo importante para modernizar o setor financeiro nacional.


6. Próximos passos: o que esperar do projeto?

O projeto ainda está em discussão no Senado e deve passar por:

  1. Análise em comissões (Economia, Assuntos Econômicos).
  2. Votação em plenário.
  3. Possível envio à Câmara dos Deputados (se aprovado).

🔹 Prazos:
Não há data definida para votação, mas o tema deve ganhar força em 2024, especialmente com a pressão das associações de fintechs (ABFintechs, Brasil Fintech).

🔹 O que as fintechs esperam?

  • Redução imediata do IOF em operações de crédito.
  • Criação de um regime tributário simplificado.
  • Incentivos para fintechs que atuam em inclusão financeira.

7. Conclusão: por que essa discussão é importante?

A tributação diferenciada para fintechs não é apenas uma questão de impostos, mas de inovação, competição e inclusão financeira. Se o Brasil quiser se tornar um hub global de fintechs, precisa oferecer um ambiente regulatório e tributário mais atraente.

🔹 Pontos-chave:
✅ Fintechs não são bancos e não devem ser tributadas como tal.
✅ Uma tributação mais leve pode impulsionar o setor, gerar empregos e baratear serviços financeiros.
✅ O projeto no Senado é um passo na direção certa, mas ainda precisa de ajustes para não criar distorções.
✅ Outros países já adotaram modelos semelhantes com sucesso.

📢 Opinião:
“A diferenciação tributária é necessária, mas deve vir acompanhada de uma regulamentação clara para evitar abusos. O ideal é que o governo encontre um equilíbrio: incentivar fintechs sem prejudicar a arrecadação ou criar concorrência desleal com os bancos.”


📌 Chamada para ação: o que você acha?

Deixe nos comentários:
🔹 Você acha que fintechs devem pagar menos impostos que bancos?
🔹 Como a tributação atual afeta seu uso de serviços financeiros digitais?
🔹 Quais outros incentivos o governo poderia oferecer às fintechs?

📢 Compartilhe este artigo se você acha que a tributação das fintechs precisa mudar!


📚 Fontes e referências:


📷 Imagens sugeridas para o artigo:

  1. Gráfico comparativo entre bancos e fintechs (estrutura, regulamentação, tributação).
  2. Infográfico sobre a carga tributária atual das fintechs.
  3. Foto de uma reunião no Senado discutindo o projeto.
  4. Logos de fintechs brasileiras (Nubank, Mercado Pago, PicPay, etc.).
  5. Gráfico de crescimento do setor de fintechs no Brasil.

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