Falhas recentes de segurança no Pix não foram problemas no sistema do BC, afirma diretor – InfoMoney

Falhas recentes de segurança no Pix não foram problemas no sistema do BC, afirma diretor

Introdução

Nos últimos meses, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), tem sido alvo de discussões sobre segurança. Após relatos de fraudes e golpes envolvendo transferências via Pix, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João André Pereira, afirmou que as falhas recentes não são problemas no sistema do Banco Central, mas sim decorrentes de vulnerabilidades em instituições financeiras e comportamentos de usuários.

Neste artigo, vamos analisar:
O que foi dito pelo diretor do BC
Os principais golpes envolvendo o Pix
Como se proteger de fraudes
O papel das instituições financeiras na segurança
O futuro do Pix e medidas de prevenção


1. Declaração do Banco Central: “O Pix não foi hackeado”

Em entrevista à imprensa, João André Pereira reforçou que o sistema do Pix não foi violado e que as fraudes recentes estão relacionadas a:

  • Engenharia social (golpes que exploram a confiança do usuário)
  • Falhas em sistemas de bancos e fintechs (como vazamento de dados ou autenticação fraca)
  • Uso inadequado de chaves Pix (como cadastro de chaves em nomes de terceiros)

“O Pix é seguro. Os casos que temos visto são decorrentes de fraudes em outras pontas, não no núcleo do sistema. O Banco Central tem trabalhado para melhorar a segurança, mas a responsabilidade também é das instituições e dos usuários.”João André Pereira, diretor do BC

Por que o BC afirma que o Pix é seguro?

O Pix foi projetado com criptografia de ponta a ponta e autenticação em duas etapas (quando disponível). No entanto, golpistas têm explorado brechas fora do sistema, como:

  • Phishing (links falsos para roubar senhas)
  • Sim swap (troca de chip para interceptar SMS)
  • Cadastro de chaves Pix em nomes de terceiros (usando documentos falsos)

📌 Dado importante: Segundo o BC, 99% das transações Pix são concluídas sem problemas, e as fraudes representam uma pequena parcela do total.


2. Os principais golpes envolvendo o Pix

Mesmo com a segurança do sistema, os criminosos têm usado táticas sofisticadas para enganar usuários. Confira os golpes mais comuns:

🔴 1. Phishing e links falsos

  • Como funciona: O golpista envia um link falso (por SMS, WhatsApp ou e-mail) simulando ser do banco, pedindo que o usuário atualize seus dados ou confirme uma transação.
  • Objetivo: Roubar senhas, tokens ou dados do cartão.
  • Exemplo real: Em 2023, um golpe usando um falso site do Nubank roubou mais de R$ 500 mil de vítimas.

📌 Como evitar:
Nunca clique em links suspeitos
Verifique o endereço do site (bancos oficiais usam HTTPS e domínios verificados)
Use autenticação em dois fatores (2FA)

🔴 2. Sim Swap (Troca de chip)

  • Como funciona: O criminoso clona ou troca o chip da vítima, recebendo SMS com códigos de confirmação.
  • Objetivo: Acessar contas bancárias e realizar transferências via Pix.
  • Exemplo real: Em 2024, um caso em São Paulo resultou em prejuízo de R$ 200 mil após a vítima ter seu chip clonado.

📌 Como evitar:
Ative notificações de login no seu banco
Use apps de autenticação (como Google Authenticator) em vez de SMS
Bloqueie o chip imediatamente se perder o sinal

🔴 3. Cadastro de chaves Pix fraudulentas

  • Como funciona: Golpistas cadastram chaves Pix (CPF, e-mail, telefone) em nomes de terceiros usando documentos falsos.
  • Objetivo: Receber pagamentos de vítimas que acham estar transferindo para uma pessoa conhecida.
  • Exemplo real: Em 2023, uma quadrilha registro mais de 1.000 chaves Pix falsas em bancos diferentes.

📌 Como evitar:
Verifique sempre o nome do destinatário antes de confirmar o Pix
Use chaves aleatórias (EVP) em vez de CPF/e-mail
Denuncie chaves suspeitas ao seu banco

🔴 4. Golpe do “Pix errado” (Estorno falso)

  • Como funciona: O golpista envia um Pix para a vítima e depois pede devolução, alegando que foi um erro. Porém, o dinheiro nunca foi creditado (transação cancelada ou fraudulenta).
  • Objetivo: Fazer a vítima devolver um valor que não recebeu.

📌 Como evitar:
Confira o extrato antes de devolver qualquer valor
Entre em contato com o banco para verificar a transação


3. O que o Banco Central está fazendo para aumentar a segurança?

Mesmo afirmando que o Pix não foi hackeado, o BC tem adotado medidas para reduzir fraudes:

🔹 1. Limite de transferências noturnas

  • Desde 2023, o BC determinou que transações Pix acima de R$ 1.000 entre 20h e 6h devem ter confirmação extra (biometria ou token).

🔹 2. Bloqueio de chaves suspeitas

  • Bancos devem monitorar e bloquear chaves Pix cadastradas com documentos falsos.

🔹 3. Autenticação reforçada

  • O BC incentiva o uso de biometria e tokens físicos em vez de apenas SMS.

🔹 4. Campanhas de conscientização

  • O BC e a Febraban têm lançado campanhas para educar usuários sobre golpes.

4. Como se proteger de fraudes no Pix?

A segurança do Pix depende tanto das instituições quanto dos usuários. Confira dicas essenciais:

✅ Verifique sempre o destinatário

  • Antes de confirmar um Pix, cheque o nome do recebedor.
  • Se for uma chave aleatória (EVP), peça confirmação por outro canal.

✅ Use autenticação em dois fatores (2FA)

  • Ative biometria, token ou app de autenticação (Google Authenticator, Microsoft Authenticator).

✅ Não compartilhe dados pessoais

  • Nunca informe senhas, tokens ou códigos por telefone, e-mail ou redes sociais.

✅ Crie chaves Pix seguras

  • Evite usar CPF ou e-mail como chave principal.
  • Prefira chaves aleatórias (EVP) ou telefone com verificação extra.

✅ Monitore suas transações

  • Ative notificações de movimento no seu banco.
  • Verifique o extrato diariamente para identificar transações suspeitas.

✅ Denuncie fraudes

  • Se for vítima de um golpe, registre um boletim de ocorrência e comunique seu banco imediatamente.

5. O futuro do Pix: Mais segurança e inovações

O Pix completou 4 anos em 2024 e já é o principal meio de pagamento do Brasil, com mais de 150 milhões de usuários. Para o futuro, o BC planeja:

🔮 Pix Garantido (para compras online)

  • Um sistema semelhante ao cartão de crédito, com proteção contra fraudes em compras.

🔮 Limites personalizados

  • Usuários poderão definir limites de transferência por horário ou destinatário.

🔮 Integração com Open Finance

  • Mais transparência e controle sobre transações.

🔮 Inteligência Artificial contra fraudes

  • Bancos estão investindo em IA para detectar padrões suspeitos em tempo real.

Conclusão: O Pix é seguro, mas a atenção do usuário é fundamental

O diretor do BC deixou claro: o Pix não foi hackeado, mas golpistas exploram falhas humanas e de instituições. Para usar o sistema com segurança:
Verifique sempre os dados antes de confirmar uma transferência
Use autenticação reforçada
Fique atento a golpes como phishing e sim swap
Denuncie qualquer atividade suspeita

O Pix revolucionou os pagamentos no Brasil, e com medidas de segurança cada vez mais robustas, ele deve continuar crescendo. A responsabilidade é compartilhada: bancos, BC e usuários devem trabalhar juntos para evitar fraudes.

🚨 Se você foi vítima de um golpe no Pix, entre em contato com seu banco e registre um BO na delegacia mais próxima.


📌 Fontes e referências:


📢 Compartilhe este artigo para ajudar mais pessoas a se protegerem de fraudes no Pix!

(Imagens sugeridas para o artigo:)

  1. Gráfico de crescimento do Pix (BC)
  2. Exemplo de phishing (tela falsa de banco)
  3. Ilustração de autenticação em dois fatores
  4. Infográfico com dicas de segurança
  5. Foto do diretor João André Pereira (BC)

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