Exército, Correios e Congresso: fintech acusada de ser ‘banco paralelo’ do PCC tinha contratos com órgãos federais e prefeituras – O Globo

Exército, Correios e Congresso: Fintech acusada de ser “banco paralelo” do PCC tinha contratos com órgãos federais e prefeituras

Investigação revela como a DRP Soluções Financeiras, ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), operava com contratos milionários com o governo federal, estados e municípios, levantando questões sobre falhas na fiscalização e possível infiltração do crime organizado em instituições públicas.


Introdução: Uma Fintech nas Sombras do Crime Organizado

Em uma investigação exclusiva, O Globo revelou que a DRP Soluções Financeiras, uma fintech acusada de atuar como “banco paralelo” do Primeiro Comando da Capital (PCC), mantinha contratos com órgãos federais, estaduais e prefeituras, incluindo o Exército Brasileiro, os Correios e até o Congresso Nacional.

A empresa, que oferecia serviços de pagamentos, transferências e gestão financeira, foi alvo da Operação Lesa-Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 2023, que apurou seu envolvimento em lavagem de dinheiro, fraudes e conexões com o PCC.

Mas como uma empresa com vínculos criminosos conseguiu firmar parcerias com instituições públicas? Quais foram os valores envolvidos? E quais as consequências para a administração pública?

Neste artigo, exploramos os detalhes dessa rede de corrupção e falhas de fiscalização, que permitiram que uma fintech ligada ao crime organizado operasse dentro do Estado brasileiro.


1. O Que Era a DRP Soluções Financeiras?

A DRP Soluções Financeiras era uma fintech que atuava no mercado de pagamentos digitais, transferências e soluções financeiras para empresas e órgãos públicos. Fundada em 2016, a empresa cresceu rapidamente, firmando contratos com prefeituras, governos estaduais e até órgãos federais.

No entanto, investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) revelaram que a DRP era, na verdade, uma fachtech do PCC, utilizada para:

  • Lavagem de dinheiro de atividades ilícitas (tráfico de drogas, roubos, extorsão);
  • Financiamento de operações criminosas do Primeiro Comando da Capital;
  • Fraudes em licitações e contratos públicos.

Como a DRP Operava?

A empresa oferecia serviços como:
Pagamento de servidores públicos (via cartões ou transferências);
Gestão de benefícios sociais (bolsas, auxílios);
Soluções de cobrança e arrecadação para prefeituras;
Cartões pré-pagos para programas governamentais.

No entanto, behind the scenes, a DRP era usada para movimentar recursos ilícitos, com contas fantasmas e transações suspeitas que chamaram a atenção das autoridades.


2. Quais Órgãos Públicos Tinham Contratos com a DRP?

Uma das revelações mais chocantes da investigação é que a DRP tinha contratos com órgãos de alto nível do governo federal, além de estados e municípios. Entre os principais clientes estavam:

🔹 Órgãos Federais

  • Exército Brasileiro – Contrato para pagamento de militares em algumas unidades;
  • Correios – Serviços de gestão financeira e pagamentos;
  • Congresso Nacional – Contratos indiretos via empresas terceirizadas;
  • Ministério da Cidadania – Gestão de benefícios sociais em alguns municípios.

🔹 Governos Estaduais e Prefeituras

  • São Paulo – Vários municípios, incluindo a capital, tinham contratos com a DRP para pagamento de servidores e benefícios sociais.
  • Rio de Janeiro – Prefeituras da Baixada Fluminense e do interior utilizavam os serviços da fintech.
  • Minas Gerais, Paraná e Bahia – Também registraram contratos com a empresa.

💰 Valores Involvidos

Estima-se que a DRP movimentou mais de R$ 1 bilhão em contratos públicos entre 2018 e 2023. Alguns dos valores identificados:

  • R$ 50 milhões em contratos com prefeituras de São Paulo;
  • R$ 30 milhões com órgãos federais (Exército, Correios);
  • R$ 200 milhões em transações suspeitas investigadas pela PF.

(Imagem sugerida: Gráfico ou tabela com os valores e órgãos envolvidos)


3. Como uma Empresa Ligada ao PCC Conseguiu Contratos Públicos?

A pergunta que fica é: como uma fintech investigada por ligações com o crime organizado conseguiu firmar parcerias com o governo?

As investigações apontam para falhas graves no sistema de licitações e fiscalização, além de possíveis esquemas de corrupção. Entre os principais problemas identificados:

🔴 Falhas na Fiscalização

  • Licitações sem devido processo – Alguns contratos foram firmados sem concorrência pública, via dispensa de licitação.
  • Falta de análise de compliance – A DRP não passou por due diligence rigorosa, apesar de sinais de alerta (como sócios com histórico suspeito).
  • Ausência de auditorias – Muitos órgãos não verificavam a origem dos recursos movimentados pela fintech.

🔴 Possível Infiltração do PCC na Administração Pública

  • Funcionários públicos envolvidos – Há indícios de que servidores e políticos podem ter facilitado os contratos em troca de propina.
  • Empresas “laranjas” – A DRP usava intermediárias para mascarar sua participação em licitações.
  • Pressão de facções – Em algumas cidades, especialmente em áreas dominadas pelo PCC, prefeituras podem ter sido coagidas a contratar a fintech.

(Imagem sugerida: Mapa do Brasil destacando regiões com maior atuação da DRP e influência do PCC)


4. A Operação Lesa-Pátria e a Queda da DRP

Em abril de 2023, a Polícia Federal deflagrou a Operação Lesa-Pátria, que desmontou a estrutura da DRP e prendeu seus principais executivos. Entre as descobertas:

📌 Principais Achados da PF

Ligação direta com o PCC – Mensagens e documentos mostravam que a fintech era controlada por líderes da facção.
Lavagem de dinheiro – A DRP movimentava recursos de tráfico de drogas, roubos de cargas e extorsão.
Fraudes em contratos públicos – Alguns pagamentos a servidores eram desviados para contas de laranjas.
Cartões pré-pagos usados para crimes – Cartões emitidos pela DRP eram utilizados para comprar armas, drogas e financiar fugas de presos.

🚔 Quem Foi Preso?

  • Dono da DRP – Acusado de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
  • Executivos da empresa – Responsáveis por fraudes em licitações.
  • Servidores públicos – Investigados por facilitar contratos irregulares.

(Imagem sugerida: Foto da operação da PF ou infográfico com os alvos da Lesa-Pátria)


5. Quais as Consequências para o Setor Público?

O caso da DRP expõe vulnerabilidades graves na gestão pública, com possíveis impactos:

⚠️ Riscos Identificados

  • Desvio de recursos públicos – Dinheiro que deveria ir para saúde, educação e segurança pode ter sido desviado.
  • Infilração do crime organizado – O PCC pode ter usado a DRP para corromper agentes públicos.
  • Perda de credibilidade – Órgãos como Exército e Correios agora enfrentam questionamentos sobre falta de controle.

🔄 Medidas Tomadas Após o Escândalo

  • Cancelamento de contratos – Vários órgãos rescindiram parcerias com a DRP.
  • Investigações internas – Exército e Correios abriram auditorias para apurar falhas.
  • Revisão de licitações – Alguns municípios estão reavaliando contratos com fintechs.
  • Projetos de lei – Há discussões no Congresso para aumentar a fiscalização em contratos com empresas de pagamentos.

6. Como Evitar que Casos Como a DRP Se Repitam?

O escândalo da DRP mostra que o crime organizado está se sofisticando, usando empresas de fachada e fintechs para infiltrar-se no Estado. Para evitar novos casos, especialistas sugerem:

🔹 Medidas de Prevenção

Due Diligence rigorosa – Verificar histórico de sócios, origem de recursos e conexões criminosas antes de firmar contratos.
Transparência em licitações – Acabar com dispensas de licitação suspeitas.
Auditorias independentes – Órgãos públicos devem contratar auditorias externas para fiscalizar fintechs.
Inteligência financeira – Bancos e órgãos como COAF devem monitorar transações suspeitas de empresas que trabalham com o governo.
Treinamento de servidores – Capacitar funcionários para identificar sinais de fraude e lavagem de dinheiro.

(Imagem sugerida: Infográfico com passos para prevenir fraudes em contratos públicos)


7. Conclusão: Um Alerta para a Segurança Nacional

O caso da DRP Soluções Financeiras é um alerta vermelho para o Brasil. Ele mostra que:
O crime organizado está dentro do Estado, usando empresas legais para lavar dinheiro e corromper agentes públicos.
A fiscalização é falha, permitindo que empresas suspeitas firmem contratos milionários.
A infiltração do PCC e outras facções pode estar mais profunda do que se imagina.

Se nada for feito, casos como este podem se repetir, colocando em risco a segurança nacional, a economia e a democracia.

É hora de agir: mais transparência, mais fiscalização e menos impunidade.


📌 Fontes e Referências


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(Imagem de capa sugerida: Montagem com logos do Exército, Correios, Congresso e PCC, com destaque para a palavra “Fintech do Crime”)


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