Physical Address
304 North Cardinal St.
Dorchester Center, MA 02124
Physical Address
304 North Cardinal St.
Dorchester Center, MA 02124
(Fonte: Futurism / Imagem: Reprodução)
Em abril de 2024, um escândalo envolvendo dois ex-alunos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) abalou a comunidade de criptoativos. Anton Peraire-Bueno, 24 anos, e James Pepaire-Bueno, 28 anos, irmãos e formados em uma das universidades mais prestigiosas do mundo, foram acusados pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) de orquestrar um roubo de US$ 25 milhões em Ethereum (ETH) por meio de um exploit em transações pendentes (MEV – Miner Extractable Value).
O que chamou ainda mais atenção foi a descoberta de que, antes de executar o golpe, os irmãos pesquisaram no Google termos como “lavagem de dinheiro” e “como transferir grandes quantias de criptomoedas sem ser detectado”. O caso levanta questões sobre ética, segurança em blockchain e a responsabilidade de instituições de elite na formação de seus alunos.
Antes de entender o crime, é preciso compreender o MEV, um conceito que permite que mineradores ou validadores (no caso do Ethereum pós-Merge) reordenem, incluam ou censurem transações em um bloco para obter lucro.
De acordo com a acusação do DOJ, os irmãos desenvolveram um algoritmo automatizado que:
Esse método é conhecido como “sandwich attack” (ataque sanduíche), onde o atacante coloca uma transação antes e depois da vítima, manipulando o preço e lucrando com a diferença.
Após o roubo, os irmãos tentaram ocultar o rastro do dinheiro. Investigadores descobriram que eles fizeram pesquisas no Google como:
Eles também movimentaram os fundos para diversas carteiras e exchanges, incluindo Binance e Kraken, na tentativa de dificultar o rastreamento.
(Imagem: Exemplo de pesquisa no Google sobre lavagem de dinheiro – Reprodução)
O FBI e a Chainalysis (empresa especializada em rastreamento de criptoativos) conseguiram mapear as transações dos irmãos:
Apesar de serem brilhantes em programação, os irmãos cometeram erros amadores:
✅ Usaram endereços de IP vinculados a suas identidades (MIT, residências).
✅ Transferiram fundos para exchanges com KYC (Binance, Kraken), onde foram identificados.
✅ Pesquisas no Google deixaram registros que foram usados como prova.
(Imagem: Rastreamento de transações na blockchain – Reprodução)
Os irmãos Peraire-Bueno foram indiciados por:
🔹 Fraude eletrônica (Wire Fraud) – Até 20 anos de prisão.
🔹 Conspiração para cometer lavagem de dinheiro – Até 20 anos de prisão.
🔹 Conspiração para cometer fraude eletrônica – Até 5 anos de prisão.
Além disso, o DOJ busca a confisco dos US$ 25 milhões roubados.
(Imagem: Documento do DOJ com acusações – Reprodução)
O MIT é uma das melhores universidades do mundo em ciência da computação e blockchain. No entanto, este caso levanta questões:
❓ Até que ponto instituições de elite são responsáveis pelo uso ético do conhecimento?
❓ Deve haver mais ênfase em ética em hacking e segurança cibernética?
O caso também expõe vulnerabilidades no Ethereum e em outras blockchains:
🔴 MEV é um problema conhecido, mas ainda não totalmente resolvido.
🔴 Front-running e sandwich attacks são difíceis de prevenir sem centralização.
🔴 Solana, Avalanche e outras redes também são alvos de exploits semelhantes.
O caso dos irmãos Peraire-Bueno é um alerta para o mundo das criptomoedas:
✅ Conhecimento técnico avançado não justifica crimes.
✅ Blockchain é transparente: crimes deixam rastros.
✅ Instituições devem reforçar a ética na formação de profissionais de tech.
Enquanto a justiça americana avança no processo, o caso serve como um exemplo de como até os mais brilhantes podem cair por falta de ética e planejamento.
(Imagem: Ilustração de justiça e blockchain – Reprodução)
O que você acha? Deixe seu comentário:
🚀 Compartilhe este artigo e ajude a discutir ética e segurança no mundo crypto!