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Editorial: Chicago finalmente tem um banco local entre os três maiores – pela primeira vez desde a venda do Bank One por Jamie Dimon
Por [Seu Nome] | Publicado em [Data]
Introdução: Um marco histórico para o setor bancário de Chicago
Há quase duas décadas, Chicago perdeu um de seus maiores símbolos financeiros: o Bank One, vendido para o JPMorgan Chase em 2004, em um acordo liderado por Jamie Dimon, então CEO do Bank One. A fusão marcou o fim de uma era em que Chicago abrigava um dos maiores bancos dos Estados Unidos com sede na cidade.
Agora, pela primeira vez desde então, Chicago volta a ter um banco local entre os três maiores do país. O Northern Trust, com sede na cidade, ultrapassou o Truist Financial em ativos, consolidando-se como o terceiro maior banco dos EUA, atrás apenas do JPMorgan Chase e do Bank of America.
Esse feito não é apenas um número estatístico – é um sinal de resiliência e renascimento para o setor financeiro de Chicago, que há anos lutava para recuperar seu prestígio após a saída de grandes instituições.
O declínio de Chicago como centro bancário
A era do Bank One e a saída de Jamie Dimon
Nos anos 1990 e início dos 2000, o Bank One era um dos maiores bancos dos EUA, com forte presença em Chicago. Sob a liderança de Jamie Dimon, o banco se recuperou de crises financeiras e se tornou um player nacional.
No entanto, em 2004, Dimon orquestrou a fusão do Bank One com o JPMorgan Chase, criando o que hoje é o maior banco dos Estados Unidos. A sede do novo gigante financeiro foi transferida para Nova York, deixando Chicago sem um banco de primeira linha.
(Jamie Dimon, então CEO do Bank One, antes da fusão com o JPMorgan Chase.)
O impacto da crise de 2008
A crise financeira de 2008 agravou a situação. Enquanto Nova York e Charlotte (Carolina do Norte) se consolidavam como centros bancários, Chicago perdeu espaço. Bancos como o LaSalle Bank (adquirido pelo Bank of America) e o Harris Bank (vendido para o BMO Financial Group) deixaram de ser independentes.
Por anos, a cidade ficou sem um banco de grande porte com sede local, o que afetou não apenas o prestígio financeiro, mas também empregos, investimentos e influência política.
A ascensão do Northern Trust: como Chicago voltou ao topo
Quem é o Northern Trust?
Fundado em 1889, o Northern Trust é um banco especializado em gestão de patrimônio, serviços financeiros para clientes de alta renda e custódia de ativos. Embora não seja um banco comercial tradicional como o JPMorgan ou o Bank of America, seu crescimento nos últimos anos foi impressionante.
- Ativos sob gestão (AUM): Mais de US$ 1,3 trilhão (2023).
- Clientes: Famílias ultra-ricas, fundos de investimento e instituições.
- Presença global: Escritórios em mais de 20 países.
Como o Northern Trust superou o Truist?
Em 2023, o Northern Trust ultrapassou o Truist Financial (formado pela fusão do BB&T e SunTrust) em ativos totais, tornando-se o terceiro maior banco dos EUA em termos de ativos sob custódia.
| Ranking dos Maiores Bancos dos EUA (2024) | Ativos (US$ trilhões) |
|---|---|
| 1. JPMorgan Chase | ~3,7 |
| 2. Bank of America | ~3,1 |
| 3. Northern Trust | ~1,5 |
| 4. Truist Financial | ~1,4 |
| 5. Wells Fargo | ~1,3 |
(Fonte: Federal Reserve, relatórios anuais dos bancos)
Por que isso é importante para Chicago?
- Prestígio recuperado: Chicago volta a ter um banco de elite entre os três maiores do país.
- Empregos e economia local: O Northern Trust emprega mais de 5.000 pessoas em Chicago e contribui para a economia da cidade.
- Atração de talentos: A presença de um grande banco local ajuda a reter profissionais de finanças que antes migravam para Nova York ou Charlotte.
- Influência política e regulatória: Um banco de peso dá a Chicago mais voz em discussões sobre políticas financeiras nacionais.
(A sede do Northern Trust em Chicago, no distrito financeiro da cidade.)
Desafios e oportunidades para o futuro
Chicago ainda está atrás de Nova York e Charlotte?
Sim, mas a distância está diminuindo.
- Nova York segue como a capital financeira dos EUA, com JPMorgan, Goldman Sachs, Citigroup e Morgan Stanley.
- Charlotte é a sede do Bank of America e Truist, além de abrigar operações do Wells Fargo.
No entanto, Chicago tem vantagens únicas:
✅ Mercado de derivativos: A CME Group (Chicago Mercantile Exchange) é a maior bolsa de futuros do mundo.
✅ Tecnologia financeira (Fintech): Empresas como Enova, Avant e Capital One têm forte presença na cidade.
✅ Custo de vida mais baixo: Comparado a Nova York, Chicago atrai profissionais com salários competitivos e menor custo de vida.
O que falta para Chicago se tornar um hub financeiro ainda maior?
- Mais fusões e aquisições: Se outro banco local crescer ou se fundir com uma instituição nacional, Chicago pode ganhar mais um player de peso.
- Incentivos governamentais: Políticas de atração de empresas financeiras, como isenções fiscais, podem ajudar.
- Investimento em educação financeira: Universidades como University of Chicago (Booth) e Northwestern (Kellogg) já formam talentos, mas mais parcerias com bancos locais são necessárias.
Conclusão: Um novo capítulo para Chicago
A ascensão do Northern Trust aos três maiores bancos dos EUA não é apenas uma vitória para a instituição, mas um símbolo de renascimento para Chicago. Após décadas de declínio no setor bancário, a cidade prova que ainda tem força, inovação e resiliência para competir com os maiores centros financeiros do país.
Se Chicago souber capitalizar esse momento – atraindo mais bancos, investindo em fintechs e mantendo seu ecossistema financeiro forte –, pode não apenas recuperar seu passado glorioso, mas construir um futuro ainda mais promissor.
Chicago está de volta ao jogo. E dessa vez, veio para ficar.
📌 Leia também:
- Como o JPMorgan Chase se tornou o maior banco dos EUA
- O papel das fintechs no renascimento financeiro de Chicago
- Por que Nova York ainda domina o setor bancário americano
💬 O que você acha? Chicago pode se tornar a próxima capital financeira dos EUA? Deixe seu comentário!
(Imagens: Divulgação / Northern Trust / Chicago Tribune / Arquivo)