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O Banco Central do Brasil (BC) deu um passo importante para modernizar o sistema financeiro nacional com a publicação da Resolução BCB nº 342/2023, que regulamenta o Banking as a Service (BaaS) e estabelece novas regras para instituições de pagamento. Uma das mudanças mais significativas é a proibição do uso do termo “banco” por fintechs e instituições de pagamento, uma medida que visa evitar confusão entre os consumidores e garantir maior transparência no mercado.
Neste artigo, vamos explorar em detalhes:
✅ O que é Banking as a Service (BaaS) e como funciona?
✅ As novas regras do Banco Central para o setor
✅ Por que o BC proibiu o uso do termo “banco” por instituições de pagamento?
✅ Impactos para fintechs, bancos e consumidores
✅ Exemplos de empresas afetadas e como se adaptar
O Banking as a Service (BaaS) é um modelo de negócios em que bancos tradicionais ou instituições financeiras licenciadas oferecem sua infraestrutura tecnológica e regulatória para que outras empresas (como fintechs, varejistas e marketplaces) possam oferecer serviços financeiros sem precisar obter uma licença bancária completa.
Em vez de uma empresa criar do zero toda a estrutura de um banco (contas, cartões, empréstimos, etc.), ela contrata um provedor de BaaS, que já possui a licença do Banco Central e a tecnologia necessária. Assim, a empresa pode:
✔ Oferecer contas digitais
✔ Emitir cartões de crédito e débito
✔ Realizar transferências e pagamentos
✔ Conceder empréstimos e financiamentos
Algumas empresas que já utilizam o modelo BaaS no Brasil incluem:

Imagem ilustrativa: Como o BaaS conecta bancos, fintechs e empresas.
A Resolução BCB nº 342/2023 estabelece diretrizes claras para o Banking as a Service, definindo:
✔ Quem pode oferecer BaaS?
✔ Requisitos de transparência e segurança
✔ Responsabilidades dos bancos e das empresas parceiras
✔ Proibição do uso do termo “banco” por instituições de pagamento
Apenas instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central (bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, cooperativas de crédito e sociedades de crédito direto) podem oferecer serviços de BaaS.
Uma das mudanças mais impactantes é a proibição de instituições de pagamento (como fintechs e carteiras digitais) usarem termos como “banco”, “bancário” ou “conta bancária” em sua comunicação.
Exemplos de termos proibidos:
❌ “Conta bancária digital”
❌ “Banco digital”
❌ “Serviços bancários”
Termos permitidos:
✅ “Conta digital”
✅ “Conta de pagamentos”
✅ “Serviços financeiros”
O Banco Central justifica a medida para evitar confusão entre os consumidores, que poderiam acreditar que uma fintech ou instituição de pagamento é um banco tradicional, com os mesmos direitos e proteções.
Riscos que o BC busca evitar:
✔ Necessidade de rebranding – Empresas como Nubank, PicPay, Mercado Pago e Inter terão que ajustar sua comunicação para não usar termos proibidos.
✔ Maior transparência – Os clientes saberão claramente que estão usando uma conta de pagamentos, não uma conta bancária tradicional.
✔ Possível redução de confiança? – Alguns consumidores podem preferir bancos tradicionais por acreditarem que são mais seguros.
✔ Oportunidade de parcerias – Bancos como Itaú, Bradesco e Santander podem se tornar grandes provedores de BaaS, oferecendo sua infraestrutura para fintechs.
✔ Maior controle regulatório – O BC está garantindo que apenas instituições licenciadas ofereçam serviços bancários, reduzindo riscos sistêmicos.
✔ Mais clareza na contratação de serviços financeiros – O cliente saberá exatamente se está usando um banco ou uma instituição de pagamento.
✔ Proteção contra fraudes – O BC está reforçando a segurança nas operações de BaaS.
✔ Possível aumento de custos? – Se as fintechs tiverem que pagar mais por parcerias com bancos, alguns serviços podem ficar mais caros.
Algumas das principais empresas que terão que se adaptar às novas regras incluem:
| Empresa | Serviço Oferecido | Mudança Necessária |
|---|---|---|
| Nubank | Conta digital, cartões | Não poderá mais chamar sua conta de “bancária” |
| PicPay | Carteira digital, pagamentos | Deverá ajustar sua comunicação para “conta de pagamentos” |
| Mercado Pago | Conta digital para vendedores | Não poderá usar “banco” em sua publicidade |
| Inter | Banco digital | Já é um banco, mas terá que reforçar a transparência em parcerias |
| C6 Bank | Banco digital | Não será afetado diretamente, pois é um banco |
| Stone | Serviços financeiros para PMEs | Terá que ajustar sua comunicação |

Imagem: Empresas que terão que se adaptar às novas regras.
Se sua empresa oferece serviços financeiros e usa termos como “banco” ou “conta bancária”, é hora de revisar sua comunicação e operações. Veja o que fazer:
A regulamentação do Banking as a Service (BaaS) pelo Banco Central é um passo importante para a modernização do sistema financeiro brasileiro, trazendo mais segurança, transparência e concorrência para o mercado.
Principais benefícios da nova regra:
✅ Maior clareza para o consumidor (saberá exatamente com quem está lidando).
✅ Redução de riscos de fraudes e lavagem de dinheiro.
✅ Estímulo à inovação, pois fintechs poderão continuar oferecendo serviços financeiros, mas com mais responsabilidade.
Desafios:
⚠ Adaptação das fintechs (rebranding, ajustes operacionais).
⚠ Possível aumento de custos para empresas que dependem de parcerias com bancos.
⚠ Educação financeira (consumidores precisarão entender as diferenças entre bancos e instituições de pagamento).
No longo prazo, a medida deve fortalecer o ecossistema financeiro brasileiro, permitindo que mais empresas ofereçam serviços inovadores, mas com maior segurança e conformidade regulatória.
Nada muda nas operações, mas a empresa terá que ajustar sua comunicação para não usar termos como “banco” ou “conta bancária”.
Não. Elas continuarão oferecendo esses serviços, mas em parceria com bancos licenciados.
O Banco Central pode aplicar multas e sanções, além de exigir a correção imediata da comunicação.
Não. O BaaS é um modelo complementar, que permite que empresas ofereçam serviços financeiros sem precisar se tornar um banco.
A regulamentação do Banking as a Service (BaaS) e a proibição do uso do termo “banco” por instituições de pagamento são medidas importantes para trazer mais transparência e segurança ao mercado financeiro brasileiro. Embora algumas empresas precisem se adaptar, a longo prazo, essas mudanças devem beneficiar tanto os consumidores quanto o setor financeiro como um todo.
Se você é empresário, investidor ou consumidor, fique atento às mudanças e acompanhe as atualizações do Banco Central para garantir que está em conformidade com as novas regras.
E você, o que acha dessas mudanças? Deixe sua opinião nos comentários! 🚀