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A Amazon, uma das maiores empresas do mundo, está novamente no centro de uma polêmica. Desta vez, a gigante do e-commerce é acusada de explorar seus entregadores em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Um processo judicial movido pelo procurador-geral do estado, Matthew Platkin, alega que a empresa sonega benefícios trabalhistas, rouba salários e impõe condições abusivas aos motoristas que entregam seus pacotes.
O caso, divulgado pela emissora PIX11, levantou debates sobre os direitos dos trabalhadores na era das entregas rápidas e como as grandes corporações tratam seus funcionários indiretos. Neste artigo, vamos detalhar as acusações, as consequências para os entregadores e o que isso significa para o futuro do trabalho na economia gig.
Em agosto de 2023, o procurador-geral de Nova Jersey, Matthew Platkin, entrou com uma ação civil contra a Amazon, acusando a empresa de:
✅ Roubo de salários – Pagando menos do que o devido aos entregadores.
✅ Sonegação de benefícios – Não oferecendo direitos trabalhistas básicos, como seguro-saúde, férias e licença-médica.
✅ Condições de trabalho abusivas – Exigindo metas impossíveis e controle excessivo sobre os motoristas.
✅ Classificação errada dos trabalhadores – Tratando-os como contratados independentes (freelancers) em vez de funcionários, para evitar custos com benefícios.
A ação afirma que a Amazon viola leis trabalhistas estaduais e federais, explorando um sistema que prejudica milhares de entregadores que trabalham para suas empresas parceiras de logística (DSPs – Delivery Service Partners).
Os trabalhadores em questão são motoristas que entregam pacotes da Amazon, mas que não são funcionários diretos da empresa. Eles são contratados por empresas terceirizadas (DSPs), que operam sob contrato com a Amazon.
Essa estrutura permite que a Amazon evite responsabilidades trabalhistas, já que, tecnicamente, os entregadores não são seus empregados. No entanto, o processo argumenta que a empresa exerce controle total sobre suas rotinas, como:
Ou seja, embora não sejam “funcionários da Amazon”, eles trabalham como se fossem, mas sem os mesmos direitos.
Uma das principais acusações é que a Amazon paga menos do que o salário mínimo em alguns casos. O processo cita que:
Como os entregadores são classificados como contratados independentes, eles não têm direito a:
❌ Seguro-saúde
❌ Férias remuneradas
❌ Licença-médica
❌ Aposentadoria
❌ Seguro-desemprego
Isso os deixa em uma situação de extrema vulnerabilidade, especialmente em casos de acidentes ou doenças.
Os motoristas relatam que a Amazon impõe metas impossíveis, como:
Quem não cumpre as metas pode ser demitido ou ter seu contrato rescindido, mesmo que as condições sejam inseguras.
A Amazon monitora cada movimento dos entregadores por meio de aplicativos como o Amazon Flex e Rabbit. Esses sistemas:
Esse nível de controle, segundo o processo, prova que os entregadores são, na prática, funcionários da Amazon, e não contratados independentes.
A Amazon nega as acusações e afirma que:
🔹 Os entregadores são contratados por empresas parceiras (DSPs), e não diretamente pela Amazon.
🔹 As DSPs são responsáveis por pagar salários e benefícios.
🔹 A empresa oferece “oportunidades” para empreendedores (os donos das DSPs) e flexibilidade para os motoristas.
🔹 Os salários são competitivos e muitos entregadores ganham mais que o mínimo.
No entanto, investigações jornalísticas (como as da PIX11, The New York Times e Bloomberg) mostram que:
Se a Amazon for condenada, as possíveis penalidades incluem:
🔸 Multas milionárias por violação de leis trabalhistas.
🔸 Obrigação de reclassificar os entregadores como funcionários, garantindo-lhes benefícios.
🔸 Pagamento retroativo de salários e horas extras não pagas.
🔸 Mudanças nas políticas de contratação das DSPs.
Além disso, o caso pode abrir precedente para outras ações judiciais nos EUA e até no Brasil, onde a Amazon também enfrenta críticas por condições de trabalho.
Se a Amazon for obrigada a aumentar salários e benefícios, os custos podem ser repassados aos clientes na forma de:
➡ Preços mais altos nos produtos.
➡ Tempo de entrega mais longo (se as metas forem reduzidas).
➡ Menos opções de frete grátis (como o Amazon Prime).
No entanto, muitos consumidores estão apoiando os entregadores, argumentando que direitos trabalhistas não deveriam ser negociáveis.
O processo contra a Amazon em Nova Jersey expõe os problemas da economia gig, onde grandes empresas terceirizam responsabilidades para evitar custos. Alguns pontos importantes:
✔ Trabalhadores merecem direitos, independentemente de serem “contratados” ou “funcionários”.
✔ Metas abusivas colocam vidas em risco (acidentes de trânsito são comuns entre entregadores).
✔ A fiscalização trabalhista precisa ser mais rígida para evitar exploração.
✔ Consumidores têm poder: boicotar empresas que exploram trabalhadores pode gerar mudanças.
O caso da Amazon em Nova Jersey é mais um exemplo de como grandes corporações priorizam lucros em detrimento dos direitos trabalhistas. Enquanto a empresa fatura bilhões por ano, seus entregadores lutam por salários justos e condições dignas.
A decisão judicial ainda não saiu, mas o processo já chamou a atenção do mundo para a necessidade de regulamentação mais forte no setor de entregas. Se a Amazon for obrigada a mudar suas práticas, isso pode beneficiar milhões de trabalhadores globalmente.
E você, o que acha? Os entregadores da Amazon deveriam ser considerados funcionários com direitos garantidos? Deixe sua opinião nos comentários!
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(Imagens sugeridas para o artigo:)
(Observação: Para usar imagens, certifique-se de que elas são livres de direitos autorais ou obtenha permissão dos detentores.)