Physical Address
304 North Cardinal St.
Dorchester Center, MA 02124
Physical Address
304 North Cardinal St.
Dorchester Center, MA 02124
Em um mundo cada vez mais preocupado com as mudanças climáticas, iniciativas financeiras voltadas para a sustentabilidade têm ganhado destaque. Uma das mais ambiciosas foi a Aliança Bancária Zero Líquido (Net-Zero Banking Alliance – NZBA), lançada em 2021 sob a liderança de Mark Carney, ex-governador do Banco da Inglaterra e ex-presidente do Banco Central do Canadá.
No entanto, recentemente, a NZBA enfrentou um revés significativo: uma votação que decidiu pelo seu encerramento. Essa decisão gerou debates sobre o futuro das finanças sustentáveis e o compromisso real dos bancos com a descarbonização da economia.
Neste artigo, exploraremos:
✅ O que era a Aliança Bancária Zero Líquido e seus objetivos
✅ O papel de Mark Carney na sua criação
✅ Os motivos por trás do encerramento da iniciativa
✅ As repercussões no mercado financeiro e ambiental
✅ O que esperar do futuro das finanças verdes
A Net-Zero Banking Alliance (NZBA) foi lançada em abril de 2021, durante a COP26, como parte da Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ), um grupo de instituições financeiras comprometidas com a neutralidade de carbono até 2050.
A aliança reunia mais de 130 bancos globais, incluindo gigantes como:
Juntos, esses bancos representavam mais de 40% dos ativos bancários globais, o que demonstrava o potencial de impacto da iniciativa.
Mark Carney, um dos economistas mais influentes da última década, foi uma figura central na promoção das finanças verdes. Como:
Carney defendia que os bancos tinham um papel crucial na transição energética, pois eles financiam os setores mais poluentes (petróleo, gás, carvão) e, ao mesmo tempo, podem impulsionar energias renováveis.
“O sistema financeiro tem o poder de reorientar trilhões de dólares para uma economia de baixo carbono. Não é uma questão de ‘se’, mas de ‘quando’ e ‘como’.” — Mark Carney
Em março de 2024, a NZBA anunciou que seria descontinuada, após uma votação entre seus membros. Essa decisão pegou muitos de surpresa e levantou questões sobre o compromisso real dos bancos com a sustentabilidade.
✅ Bancos que saíram da NZBA agora têm mais flexibilidade para financiar setores poluentes, mas enfrentam riscos reputacionais.
✅ Investidores ESG podem pressionar por mais transparência, exigindo que os bancos comprovem seus compromissos climáticos.
✅ Reguladores (como o Banco Central Europeu e a SEC nos EUA) podem endurecer as regras para evitar greenwashing.
❌ Atraso na transição energética: Sem um compromisso coletivo, a descarbonização do setor financeiro pode ficar mais lenta.
❌ Mais financiamento para combustíveis fósseis: Bancos podem aumentar empréstimos para petróleo e gás, dificultando as metas do Acordo de Paris.
“O encerramento da NZBA é um retrocesso, mas não o fim das finanças verdes. Os bancos que realmente querem liderar a transição climática vão continuar agindo, independentemente de alianças.” — Helena Viñes Fiestas (BNP Paribas Asset Management)
“Isso mostra que, sem regulamentação forte, o setor financeiro não vai se autorregular. Governos precisam agir.” — Bill McKibben (350.org)
Mesmo com o fim da NZBA, a pressão por sustentabilidade no setor financeiro não vai desaparecer. Algumas tendências que devem continuar:
O encerramento da Aliança Bancária Zero Líquido é, sem dúvida, um revés para a luta contra as mudanças climáticas. No entanto, não significa que os bancos vão abandonar completamente suas metas de sustentabilidade.
O que fica claro é que:
✔ Alianças voluntárias não são suficientes – é preciso regulamentação forte.
✔ O greenwashing está sendo cada vez mais exposto – bancos precisam provar suas ações, não apenas fazer promessas.
✔ A transição energética depende do setor financeiro – sem capital, não há como financiar energias renováveis em escala.
O legado de Mark Carney na promoção das finanças verdes permanece, mas o caminho agora é mais incerto. Caberá a reguladores, investidores e sociedade civil garantir que os bancos não abandonem seus compromissos climáticos.
Não. Outras iniciativas, como a Net-Zero Asset Owner Alliance, também enfrentam desafios, mas ainda estão ativas.
Itaú Unibanco e Banco do Brasil eram membros. Após o encerramento, ambos afirmaram que manterão seus compromissos climáticos.
É quando um banco faz marketing de sustentabilidade, mas na prática continua financiando projetos poluentes sem mudanças reais.
Sim, como:
(Como não é possível inserir imagens diretamente aqui, sugerimos os seguintes temas para ilustração:)
Gostou deste artigo? Compartilhe nas redes sociais e ajude a difundir a importância das finanças sustentáveis!
🔹 Deixe seu comentário: O que você acha do encerramento da NZBA? Os bancos devem ser obrigados a seguir metas climáticas?