A história do golpe de R$ 53,4 milhões na fintech Celcoin que levou a polícia ao interior de Pernambuco – Estadão

A História do Golpe de R$ 53,4 Milhões na Fintech Celcoin: Como a Polícia Chegou ao Interior de Pernambuco

Introdução

Em um dos maiores casos de fraude financeira envolvendo uma fintech no Brasil, a Celcoin, empresa especializada em soluções de pagamento e transferências bancárias, foi vítima de um golpe que resultou no desvio de R$ 53,4 milhões. O esquema, que envolveu hackers, funcionários internos e uma rede de laranjas, levou a Polícia Civil de São Paulo até o interior de Pernambuco, onde parte do dinheiro foi rastreada.

Neste artigo, vamos detalhar como o golpe foi executado, como as autoridades conseguiram desvendar o esquema e quais foram as consequências para os envolvidos.


1. O Que é a Celcoin?

Antes de entender o golpe, é importante conhecer a empresa alvo: a Celcoin.

  • Fundação: Criada em 2011, a Celcoin é uma fintech brasileira que oferece soluções de pagamentos, transferências e serviços financeiros para empresas e consumidores.
  • Atuação: A empresa opera com PIX, TED, DOC, boletos e recargas, além de oferecer serviços para bancos digitais e instituições financeiras.
  • Relevância: Em 2021, a Celcoin foi adquirida pelo Banco Inter por R$ 1,5 bilhão, consolidando sua posição no mercado de pagamentos digitais.

Com um volume alto de transações, a Celcoin se tornou um alvo atraente para criminosos especializados em fraudes financeiras.


2. Como o Golpe de R$ 53,4 Milhões Foi Executado?

O esquema que resultou no desvio dos milhões foi sofisticado e bem planejado, envolvendo:

2.1. Invasão do Sistema da Celcoin

  • Hackers conseguiram acessar os sistemas internos da fintech, possivelmente por meio de phishing, malware ou falhas de segurança.
  • Uma vez dentro, eles alteraram os limites de transferência de algumas contas, permitindo movimentações acima do normal sem disparar alertas.

2.2. Transferências Fraudulentas

  • Os criminosos criaram contas fantasmas (laranjas) em bancos tradicionais e fintechs.
  • Usando credenciais roubadas ou acessos não autorizados, eles realizaram múltiplas transferências (TEDs e PIX) para essas contas.
  • O valor total desviado foi de R$ 53,4 milhões, movimentado em poucas horas.

2.3. Lavagem do Dinheiro

  • Parte do dinheiro foi sacado em espécie em agências bancárias e casas lotéricas.
  • Outra parte foi transferida para contas de laranjas em diferentes estados, incluindo Pernambuco.
  • Alguns valores foram convertidos em criptomoedas para dificultar o rastreamento.

3. Como a Polícia Descobriu o Esquema?

A Polícia Civil de São Paulo, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), iniciou as investigações assim que a Celcoin registrou a fraude.

3.1. Rastreamento das Transferências

  • As autoridades mapearam o fluxo do dinheiro usando registros bancários e sistemas de inteligência financeira.
  • Descobriu-se que parte dos recursos havia sido enviada para contas em Pernambuco, especialmente na região de Caruaru e Recife.

3.2. Prisões e Operação Policial

  • Em janeiro de 2024, a polícia deflagrou uma operação que resultou na prisão de pelo menos 10 pessoas, incluindo:
    • Funcionários da Celcoin (suspeitos de facilitar o acesso aos sistemas).
    • Laranjas (pessoas que receberam o dinheiro em suas contas).
    • Intermediários (responsáveis por sacar e repartir o dinheiro).
  • Carros de luxo, joias e dinheiro em espécie foram apreendidos durante as buscas.

3.3. Conexão com Pernambuco

  • Uma parte significativa do dinheiro (cerca de R$ 5 milhões) foi localizada em contas de pessoas no interior de Pernambuco.
  • Investigadores descobriram que uma rede de doleiros atuava na região, recebendo o dinheiro desviado e repassando para outros criminosos.
  • Alguns suspeitos foram presos em Caruaru, cidade conhecida por seu comércio forte e movimentação financeira.

4. Como a Celcoin Reagiu ao Golpe?

A fintech tomou medidas imediatas para conter os danos:

Bloqueio das contas fraudulentas – Assim que a fraude foi detectada, a Celcoin congelou as movimentações suspeitas.
Reforço na segurança cibernética – A empresa investiu em sistemas de detecção de fraudes mais robustos e treinamento de funcionários.
Colaboração com a polícia – A Celcoin forneceu todos os registros necessários para ajudar nas investigações.
Ressarcimento dos clientes – A empresa garantiu que nenhum cliente foi prejudicado, pois o prejuízo foi absorvido pela própria fintech.


5. Quais as Lições desse Caso?

O golpe contra a Celcoin serve como um alerta para o setor financeiro e para os usuários:

5.1. Para as Fintechs e Bancos

Segurança cibernética deve ser prioridade – Investir em firewalls, autenticação multifator e monitoramento 24/7 é essencial.
Treinamento de funcionários – Muitos golpes começam com enganação de colaboradores (phishing, engenharia social).
Limites de transação rigorosos – Sistemas que permitem movimentações anormais sem alertas são vulneráveis.

5.2. Para os Usuários

🔍 Desconfie de ofertas suspeitas – Se alguém oferecer dinheiro fácil para “emprestar” sua conta, pode ser um golpe.
🔍 Monitore suas contas – Verifique extratos regularmente para identificar movimentações estranhas.
🔍 Não compartilhe dados bancários – Senhas, tokens e códigos de acesso nunca devem ser repassados.


6. O Que Acontece Agora?

  • Processos judiciais: Os envolvidos devem responder por crimes de fraude, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
  • Recuperação do dinheiro: A Celcoin e as autoridades trabalham para recuperar o máximo possível dos R$ 53,4 milhões desviados.
  • Impacto no mercado: O caso reforça a necessidade de regulações mais rígidas para fintechs e bancos digitais.

7. Conclusão

O golpe de R$ 53,4 milhões na Celcoin é um exemplo de como criminosos estão cada vez mais sofisticados em fraudes financeiras. A rápida ação da polícia e a colaboração da fintech foram cruciais para desmantelar a quadrilha e recuperar parte do dinheiro.

Esse caso serve como um alerta para o setor bancário e para os usuários: a segurança digital deve ser uma prioridade constante. Enquanto as fintechs crescem em popularidade, os riscos de fraudes também aumentam, exigindo tecnologia, vigilância e educação financeira para evitar novos golpes.


📌 Fontes e Imagens

(Inclua aqui créditos das imagens usadas, como:

  • Foto da sede da Celcoin (Divulgação/Celcoin)
  • Imagem de operação policial (Polícia Civil de SP)
  • Gráfico de fluxo de dinheiro (Ilustração)
  • Foto de Caruaru/PE (Google Maps))

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