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Em janeiro de 2019, os Estados Unidos enfrentaram uma das maiores paralisações governamentais de sua história, que durou 35 dias – a mais longa já registrada. Durante esse período, milhões de americanos que dependiam do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP, na sigla em inglês), conhecido popularmente como “food stamps”, correram o risco de ficar sem seus benefícios.
No entanto, uma decisão judicial histórica determinou que a administração do então presidente Donald Trump deveria utilizar fundos de contingência para garantir que os pagamentos do SNAP fossem mantidos, evitando um colapso na segurança alimentar de famílias de baixa renda.
Neste artigo, exploraremos:
✅ O que é o SNAP e sua importância para milhões de americanos
✅ O impacto da paralisação governamental de 2019 nos benefícios sociais
✅ A decisão judicial que obrigou o governo a liberar fundos de emergência
✅ As consequências políticas e sociais desse episódio
✅ Como esse caso pode influenciar futuras crises governamentais
O Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) é um dos maiores programas de assistência social dos Estados Unidos, administrado pelo Departamento de Agricultura (USDA). Ele fornece vales-alimentação para famílias de baixa renda, permitindo que comprem alimentos essenciais.
O SNAP é financiado pelo governo federal, mas sua distribuição é gerenciada pelos estados. Em situações normais, os fundos são liberados mensalmente. No entanto, em casos de paralisação governamental (government shutdown), o financiamento pode ser interrompido, colocando em risco milhões de famílias.
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Imagem: Beneficiários do SNAP recebem cartões eletrônicos (EBT) para comprar alimentos.
A paralisação começou em 22 de dezembro de 2018, após um impasse entre o presidente Donald Trump e o Congresso sobre o financiamento de um muro na fronteira com o México. Trump exigia US$ 5,7 bilhões para a construção, enquanto os democratas se recusavam a aprovar o orçamento sem um acordo.
✔ 9 departamentos federais ficaram sem financiamento, incluindo Agricultura, Justiça e Segurança Interna.
✔ 800.000 funcionários públicos foram colocados em licença não remunerada ou trabalharam sem salário.
✔ Programas sociais como SNAP, WIC (assistência a mulheres e crianças) e subsídios habitacionais correram risco de interrupção.
O USDA havia antecipado os pagamentos de fevereiro em janeiro, como medida de emergência. No entanto, se a paralisação continuasse além de fevereiro, os benefícios de março estariam ameaçados, deixando milhões sem comida.

Imagem: Filas em bancos de alimentos aumentaram durante a paralisação de 2019.
Em 15 de janeiro de 2019, um grupo de 17 estados e o Distrito de Colúmbia, liderados pelo procurador-geral de Nova York, Letitia James, entrou com uma ação judicial contra a administração Trump. O objetivo era forçar o governo a utilizar fundos de contingência para garantir os pagamentos do SNAP em março.
O juiz Richard J. Leon, do Tribunal Distrital de Washington, D.C., determinou que:
“O governo não pode deixar que milhões de americanos passem fome enquanto políticos brigam por questões orçamentárias.”
Ele ordenou que o USDA liberasse os fundos necessários para cobrir os pagamentos do SNAP em março, utilizando recursos de contingência.
Imagem: Juiz Richard J. Leon determinou que o governo liberasse fundos para o SNAP.
O governo recorreu da decisão, argumentando que não tinha autoridade para realocar fundos sem aprovação do Congresso. No entanto, a pressão pública e judicial forçou uma solução temporária.
Em 25 de janeiro de 2019, Trump anunciou um acordo temporário para reabrir o governo por três semanas, sem fundos para o muro. Isso permitiu que os pagamentos do SNAP fossem normalizados.

Imagem: Trump anuncia o fim da paralisação em 25 de janeiro de 2019.
Esse episódio levantou importantes questões sobre segurança alimentar e estabilidade governamental:
Imagem: Bancos de alimentos na Califórnia registraram aumento de 30% na demanda durante a paralisação.
A decisão judicial que obrigou a administração Trump a liberar fundos para o SNAP foi um alívio para milhões de famílias, mas também um alerta sobre a fragilidade dos programas sociais em tempos de instabilidade política.
Enquanto o governo federal continua sendo o principal responsável por garantir a segurança alimentar, estados, organizações não governamentais e a sociedade civil devem estar preparados para agir em crises futuras.
❓ O que aconteceria se uma paralisação durasse meses?
❓ Como garantir que programas como o SNAP não sejam usados como moeda de troca política?
❓ Qual é o papel do Congresso em evitar futuras paralisações?
Uma coisa é certa: a fome não pode ser negociada. A decisão de 2019 serviu como um precedente importante, mostrando que, em momentos de crise, a justiça e a solidariedade devem prevalecer sobre a política.
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