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Em um revés significativo para os esforços globais de financiamento sustentável, a Net-Zero Banking Alliance (NZBA), uma iniciativa liderada pela ONU que reúne alguns dos maiores bancos do mundo, anunciou a suspensão de suas atividades após a saída em massa de instituições financeiras de Wall Street. O movimento, que reflete tensões entre lucratividade e compromissos climáticos, levanta questões sobre o futuro das finanças verdes e a real disposição do setor bancário em combater as mudanças climáticas.
Neste artigo, exploramos:
✅ O que é a NZBA e qual seu objetivo?
✅ Por que os bancos estão abandonando a aliança?
✅ Quais as consequências para o financiamento climático?
✅ O que isso significa para o Brasil e a América Latina?
✅ Qual o próximo passo para as finanças sustentáveis?
Lançada em abril de 2021 durante a COP26, a NZBA é uma iniciativa da UNEP FI (Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) que reúne bancos comprometidos em alinhar suas carteiras de empréstimos e investimentos com a meta de emissões líquidas zero até 2050.
Até recentemente, a aliança contava com mais de 130 bancos, incluindo gigantes como JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup e Goldman Sachs. No entanto, nos últimos meses, pelo menos 10 grandes instituições abandonaram o grupo, levando à sua paralisação temporária.
Logotipo da Net-Zero Banking Alliance (Fonte: UNEP FI)
A saída em massa de bancos americanos da NZBA não foi uma surpresa para analistas, mas sim o resultado de uma combinação de pressões políticas, econômicas e jurídicas.
Bancos como JPMorgan e Bank of America deixaram a NZBA (Fonte: Bloomberg)
A suspensão da NZBA é um golfo na estratégia global de descarbonização, com impactos diretos em:
Financiamento a combustíveis fósseis pelos maiores bancos (Fonte: Banking on Climate Chaos 2024)
O Brasil, que tem um papel chave na transição climática global, pode ser diretamente afetado pela crise da NZBA.
✅ Dificuldade em atrair investimentos verdes – Sem bancos comprometidos, projetos como hidrogênio verde no Nordeste e bioquerosene de aviação podem perder apoio.
✅ Pressão sobre o agronegócio – O setor, responsável por 70% das emissões do Brasil, pode enfrentar restrições de crédito se bancos internacionais reduzirem financiamentos.
✅ Risco de retrocesso ambiental – Com menos fiscalização, pode haver aumento do desmatamento e da exploração de combustíveis fósseis na Amazônia.
🔹 Bancos públicos (BNDES, Caixa) podem liderar – O Brasil pode fortalecer suas instituições financeiras estatais para preencher a lacuna deixada pelos bancos privados.
🔹 Parcerias com a Europa – A União Europeia mantém políticas climáticas rígidas e pode ser uma alternativa para financiamento.
🔹 Mercado de carbono e créditos verdes – O Brasil pode acelerar sua regulamentação para atrair investidores interessados em compensação de emissões.
BNDES tem papel chave no financiamento verde no Brasil (Fonte: BNDES)
A crise da NZBA mostra que iniciativas voluntárias não são suficientes. Para que as finanças verdes avancem, são necessárias:
Protestos contra bancos que financiam combustíveis fósseis (Fonte: Getty Images)
A suspensão da Net-Zero Banking Alliance não é apenas um fracasso de uma iniciativa, mas um sinal de que o sistema financeiro global ainda prioriza lucros de curto prazo em detrimento do planeta.
No entanto, essa crise também abre espaço para novas soluções:
✔ Regulamentações mais rígidas (como as da UE).
✔ Liderança de bancos públicos e regionais (BNDES, BID, CAF).
✔ Pressão crescente da sociedade civil por transparência.
O Brasil, com seu enorme potencial em energias renováveis e biodiversidade, pode se tornar um líder em finanças verdes, mas só se governo, bancos e empresas trabalharem juntos.
O colapso da NZBA não é o fim, mas um chamado à ação. O futuro das finanças sustentáveis depende de quem estará disposto a assumir a responsabilidade.
💬 O que você acha? Os bancos devem ser obrigados a cortar financiamentos a combustíveis fósseis? Comente abaixo!
📢 Compartilhe este artigo para debater o futuro das finanças verdes! #Sustentabilidade #FinançasVerdes #Clima #Bancos