Receitas de Bancos no Setor de Saúde Caíram, mas Alguns Ainda Estão Contratando – O Que Está Acontecendo?
O setor de saúde sempre foi um dos mais promissores para bancos e instituições financeiras, especialmente devido à sua resiliência em crises econômicas e à demanda constante por serviços médicos. No entanto, nos últimos anos, as receitas dos bancos no setor de saúde têm apresentado queda significativa em vários mercados, incluindo o Brasil.
Mas, apesar desse cenário, algumas instituições financeiras ainda estão contratando profissionais especializados para atuar nesse segmento. Por que isso está acontecendo? Quais são as oportunidades disponíveis? E como os profissionais de finanças podem se posicionar para aproveitar essas vagas?
Neste artigo, vamos explorar:
✅ Por que as receitas dos bancos no setor de saúde caíram?
✅ Quais bancos e fintechs ainda estão contratando?
✅ Quais habilidades são mais valorizadas no mercado atual?
✅ Como se preparar para essas oportunidades?
1. Por Que as Receitas dos Bancos no Setor de Saúde Caíram?
O setor de saúde é complexo e depende de uma série de fatores econômicos, regulatórios e tecnológicos. Nos últimos anos, vários elementos contribuíram para a redução das receitas bancárias nesse segmento:
🔹 Aumento da Concorrência com Fintechs e Neobancos
As fintechs de saúde (Healthtechs) têm ganhado espaço, oferecendo soluções mais ágeis e personalizadas do que os bancos tradicionais. Empresas como Caju, Alice, Dr.Consulta e Memed têm captado parte do mercado com:
- Crédito rápido para clínicas e hospitais
- Soluções de pagamento para pacientes (BNPL – Buy Now, Pay Later)
- Plataformas de gestão financeira para profissionais de saúde
Isso tem reduzido a dependência de bancos tradicionais para financiamentos e serviços financeiros.
🔹 Mudanças Regulatórias e Aumento dos Juros
Com a Selic em patamares elevados, muitos hospitais e clínicas têm adiado investimentos ou buscado alternativas de financiamento mais baratas, como debêntures, private equity ou linhas de crédito com juros subsidiados (como as oferecidas pelo BNDES).
Além disso, a regulamentação mais rígida do Banco Central sobre crédito e riscos tem feito com que os bancos sejam mais seletivos na concessão de empréstimos para o setor.
🔹 Crise Financeira de Hospitais e Clínicas
Muitos hospitais, especialmente os de médio e pequeno porte, enfrentam dificuldades financeiras devido a:
- Atrasos no pagamento por planos de saúde
- Aumento dos custos com insumos e mão de obra
- Redução da demanda por serviços não essenciais em períodos de crise
Isso faz com que muitos deles sejam considerados clientes de alto risco pelos bancos, reduzindo o volume de operações.
🔹 Digitalização e Redução de Margens
A automação de processos financeiros (como pagamentos digitais, conciliação bancária e gestão de fluxo de caixa) tem reduzido a necessidade de serviços bancários tradicionais, pressionando as margens.
2. Apesar da Queda, Alguns Bancos e Fintechs Ainda Estão Contratando – Por Quê?
Mesmo com a queda nas receitas, algumas instituições financeiras continuam investindo no setor de saúde. Isso acontece porque:
🔸 O Setor de Saúde Ainda é Estratégico
- Resiliência econômica: Mesmo em crises, as pessoas não deixam de buscar serviços médicos.
- Crescimento da saúde suplementar: O envelhecimento da população e o aumento de planos de saúde mantêm a demanda por financiamento.
- Inovação em saúde digital: Telemedicina, prontuários eletrônicos e IA estão criando novas oportunidades de negócio.
🔸 Bancos e Fintechs Estão Se Reinventando
Em vez de oferecer apenas crédito tradicional, muitas instituições estão desenvolvendo soluções especializadas, como:
- Financiamento para aquisição de equipamentos médicos
- Cartões de crédito corporativos para clínicas
- Plataformas de gestão financeira integradas a sistemas de saúde
- Soluções de pagamento para pacientes (parcelamento sem juros, cashback)
🔸 Demanda por Profissionais com Conhecimento em Saúde + Finanças
Os bancos e fintechs que ainda estão contratando buscam profissionais que entendam tanto de finanças quanto das particularidades do setor de saúde, como:
- Regulamentação da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)
- Modelos de remuneração de hospitais e clínicas
- Tendências em saúde digital e telemedicina
3. Quais Instituições Ainda Estão Contratando no Setor?
De acordo com pesquisas do eFinancialCareers e outras fontes do mercado, algumas instituições têm mantido ou até aumentado suas equipes voltadas para saúde:
🏦 Bancos Tradicionais
- Itaú BBA: Tem uma área dedicada a healthcare banking, com foco em grandes hospitais e redes de laboratórios.
- Banco do Brasil: Oferece linhas de crédito para médicos e clínicas, especialmente em regiões com menor concorrência.
- Bradesco: Tem soluções para financiamento de equipamentos médicos e gestão de fluxo de caixa para hospitais.
💡 Fintechs e Healthtechs
- Caju: Especializada em crédito para clínicas e consultórios, tem expandido sua equipe comercial e de risco.
- Alice: Oferece soluções de pagamento e gestão financeira para profissionais de saúde.
- Memed: Plataforma de telemedicina com soluções financeiras integradas.
- PagSeguro (Linx): Tem investido em soluções de pagamento para o setor de saúde.
🌍 Instituições Internacionais
- J.P. Morgan: Tem uma divisão de healthcare investment banking que atua no Brasil.
- Goldman Sachs: Busca analistas com experiência em M&A (fusões e aquisições) no setor de saúde.
4. Quais Habilidades São Mais Valorizadas Nesse Mercado?
Se você quer trabalhar com finanças no setor de saúde, estas são as competências mais procuradas:
📌 Conhecimento em Finanças Corporativas e Crédito
- Análise de risco de crédito para hospitais e clínicas
- Estruturação de financiamentos e leasing para equipamentos médicos
- Modelagem financeira para projetos de expansão de redes de saúde
📌 Entendimento do Setor de Saúde
- Como funcionam os modelos de remuneração de planos de saúde (ANS)
- Tendências em saúde digital (telemedicina, prontuários eletrônicos, IA)
- Regulamentações específicas (como a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD aplicada a dados médicos)
📌 Habilidades em Tecnologia e Análise de Dados
- Power BI, SQL, Python (para análise de dados financeiros e de saúde)
- Conhecimento em APIs e integrações (para conectar sistemas financeiros a prontuários médicos)
- Blockchain e smart contracts (para gestão de pagamentos e contratos)
📌 Perfil Comercial e Relacionamento
- Capacidade de vender soluções financeiras para médicos e gestores de hospitais
- Networking com associações médicas (como CFM, AMB, Federação Brasileira de Hospitais)
5. Como Se Preparar para Essas Oportunidades?
Se você quer entrar nesse mercado, siga estas dicas:
🔹 Faça Cursos Específicos
- Finanças para Saúde (FGV, Insper, Coursera)
- Gestão Hospitalar (Fiocruz, USP)
- Análise de Dados com Power BI ou Python (Data Science Academy, Udemy)
🔹 Participe de Eventos do Setor
- Hospitalar (feira de saúde em São Paulo)
- CIAB Febraban (evento de tecnologia bancária)
- Webinars sobre Healthtechs (promovidos por aceleradoras como Distrito e Cubo Itaú)
🔹 Construa um Networking Forte
- Conecte-se com profissionais de bancos, fintechs e hospitais no LinkedIn.
- Participe de grupos como Healthcare Finance Brasil (Facebook, LinkedIn).
- Considere fazer um MBA em Gestão de Saúde ou Finanças Corporativas.
🔹 Esteja Atento às Vagas
- eFinancialCareers (plataforma especializada em vagas para finanças)
- LinkedIn Jobs (filtre por “saúde”, “healthcare”, “bancos”)
- Site das próprias instituições (Itaú, Bradesco, Caju, Alice)
6. Conclusão: O Futuro das Finanças no Setor de Saúde
Embora as receitas tradicionais dos bancos no setor de saúde tenham caído, o mercado ainda oferece oportunidades para profissionais que se adaptam às novas demandas.
As instituições que estão contratando buscam pessoas com conhecimento híbrido (finanças + saúde + tecnologia) e capacidade de inovar em soluções financeiras.
Se você está em busca de uma carreira nesse segmento, invista em habilidades técnicas, entenda as particularidades do setor de saúde e fique de olho nas fintechs, que estão liderando a transformação desse mercado.
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(Imagens sugeridas para o artigo: gráficos de queda de receita, logos de bancos e fintechs, profissionais em reunião, telas de plataformas de saúde digital.)